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Multas ajudam a conter a dengue em Umuarama

23/01/2010 13:53

Sáb, 23 de Janeiro de 2010 10:20

A Lei Municipal nº 3.215, de julho de 2008, prevê multas para casos omissos em relação à ameaça da dengue em Umuarama. Com base na lei, mais de 30 multas já foram aplicadas apenas neste mês de janeiro. O montante a ser pago vai de R$ 50 a R$ 200 (no caso de pessoa física) e de R$ 100 a R$ 400 (pessoa jurídica). Até o momento, foram identificados 29 casos suspeitos de dengue no município.

A adoção da prática como medida efetiva para eliminar focos do Aedes aegypti ocorreu após as reuniões do Comitê de Assessoramento e Acompanhamento das Ações de Controle da Dengue, no primeiro semestre do ano passado. Outro fator preocupante é o número de pessoas que viajam para localidades em Estados vizinhos, como Dourados, Sinop e Iguatemi (no Mato Grosso do Sul), e retornam com sintomas ou casos confirmados da doença.

“Estamos intensificando as atividades de prevenção. Com o clima quente e chuvoso, o perigo aumenta e os cuidados precisam ser constantes”, explica a supervisora geral dos agentes de campo, Aletheia Patrícia Busch. As notificações variam de acordo com as condições e reincidência do imóvel. Umuarama conta com 38 agentes de saúde envolvidos no controle da dengue. Com o alerta, até mesmo as férias de alguns agentes foram canceladas e muitos estão fazendo horas extras.

As notificações incluem imóveis residenciais e comerciais. Para cada reincidência, a multa dobra em relação à anterior. Os proprietários têm dez dias para recorrer. A não quitação das infrações autoriza o lançamento das mesmas em dívida ativa.

Nas visitas são prestadas orientações e realizados bloqueios de casos suspeitos, tratamentos focais, atendimentos de reclamações e o preenchimento de relatórios de multas para imóveis com focos de larvas (confirmados por exame laboratorial).

Moradores de todas as regiões da cidade estão recebendo a visita dos agentes, que realizaram, quando necessário, bloqueio para o controle do mosquito adulto da dengue. A operação é feita com aplicação de inseticidas, abrangendo um raio de 300 metros.

 

Dengue hemorrágica

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o risco de enfrentar uma epidemia de dengue hemorrágica existe, já que o monitoramento realizado mostra que os três tipos de vírus (DEN1, DEN2 e DEN3) estão circulando. Pessoas que já foram contaminadas por um dos vetores podem ser contaminadas por outro tipo e passam a ter grande probabilidade de desenvolver dengue hemorrágica durante essa segunda infecção.

Especialistas esclarecem que a pessoa infectada produz uma resposta imunológica muito intensa, o que provoca o quadro hemorrágico. A dengue hemorrágica destrói a parede de vasos sanguíneos, podendo causar sangramento gengival, dor abdominal e olhos vermelhos em poucas horas. “A situação requer a atenção de todos”, lembra o secretário Jorge Mauro Jardim.